A IGREJA CATÓLICA VISA À SALVAÇÃO DAS ALMAS

07/02/2015 22:18

“A vida presente é uma guerra contínua com o inferno, na qual corremos, a cada instante, o perigo de perder a Deus e a nossa alma. aqui neste mundo uma desgraça horrível ameaça de todas as partes a nossa alma: o mundo, o inferno, as paixões, nossos sentidos revoltosos, tudo nos quer induzir ao pecado e lançar-nos na morte eterna” - (Extraído do livro “Escola da Perfeição Cristã”, capítulo segundo, da felicidade que nos procura a perfeição, escrito por Santo Afonso Maria de Ligório).

Estas são as marcas da vinda do Anti-Cristo: Quando os idosos não tiverem nem bom senso nem prudência; Quando os cristãos estiverem sem fé; Quando o povo estiver sem amor; Quando os ricos forem sem misericórdia; Quando os jovens não tiverem respeito; Quando os pobres forem sem humildade; Quando as mulheres tiverem perdido o pudor; Quando, no casamento, não houver mais continência; Quando os religiosos forem sem honra e sem santidade; Quando os religiosos não tiverem verdade nem austeridade; Quando os bispos abandonarem seu rebanho para serem presas das feras; Quando entregaram a Casa de Deus a profanação e relaxarem completamente no zelo

Diz na Sagrada Escritura: “Tu, porém, permanece firme naquilo que aprendeste e creste. Sabes de quem aprendeste. E desde a infância conheces as Sagradas Escrituras e sabe que elas têm o condão de te proporcionar a sabedoria que conduz à salvação, pela fé em JESUS CRISTO. Toda a Escritura é inspirada por DEUS, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na Justiça. Por ela, o homem de DEUS se torna perfeito, capacitado para toda boa obra” (2 Timoteo.3,14-17)

A falsa noção de verdade e o falso amor ao próximo, geram uma relação social evolutiva, em constante movimento. Nada fica de pé, nada tem aparência de duração, de solidez, de eternidade. Neste mundo não há lugar para a família. Por isso podemos dizer que o Divórcio e a união homossexual foram a bomba maligna lançada no mundo todo, que detonou ao seu tempo sobre os alicerces da família, base da antiga sociedade, desafiando as Leis e Preceitos do Altíssimo.

Tudo isso está invadindo as casas há mais de cinqüenta anos, sem que os católicos reajam. O liberalismo já tinha minado as bases da família. O pior de tudo não é o mundo ser assim; o pior é ver os católicos vivendo no meio disto sem enxergar; cegos, surdos, sem forças, marionetes dos homens mundanos, por cinqüenta anos de manipulação dos inimigos de Deus.

“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduzem à perdição e numerosos são os que por aí entram”. (São Mateus 7, 13). Porque Nosso Senhor insiste com essa idéia, ao dizer que é mais fácil um camelo entrar no fundo de uma agulha do que um rico entrar no céu? É claro que não se trata aqui, apenas de um homem que possui muitos bens. Rico é aquele apegado às coisas, aos bens materiais, ao conforto, ao mundo, ao sexo totalmente fora de ordem. Um homem que centraliza sua vida nas coisas desse mundo. Fica, de fato, quase impossível entrar no céu carregado de tantos apegos, vaidades, orgulhos e vícios. Os santos insistem sempre: levem uma vida piedosa; o católico deve guardar sua vista, seus sentidos para evitar todo pecado; vivam com modéstia, na castidade, glorificando todos os dias o SENHOR.

Exemplo de militância que a Igreja deve sempre mostrar é o de Nosso Senhor enfrentando por três vezes a Satanás, ensinando-nos com isso que a vida neste mundo é de luta. Outros exemplos deixaram-nos o Divino Mestre quando discutia com os escribas, os fariseus e os doutores da Lei. Portanto, o sacerdócio católico deve ser militante — tônica essencial da Santa Igreja até a consumação dos séculos. Depois do pecado de nossos primeiros pais, a luta contra as más paixões passou a ser regra neste exílio, neste vale de lágrimas, como se reza na Salve Rainha.

Luta posta pelo próprio Deus ao decretar: “Porei inimizades entre ti e a Mulher, entre a tua descendência e a descendência d’Ela, e Ela te esmagará a cabeça e tu armarás ciladas ao Seu calcanhar” (Gn. 3,15). Luta que não existe apenas agora, mas que há de recrudescer até o fim dos tempos. Vigilância e luta poderia bem ser o lema dos sacerdotes, pois os filhos das trevas costumam ser mais sagazes do que os filhos da luz. Os seguidores de Satanás não se cansam de investir contra as muralhas indefectíveis da Santa Igreja, o que perpetuará esta luta até a fim do mundo.

Como é incessante hoje em todos os lugares e em todas as circunstâncias a propagação do erro — quer nas tendências, nas idéias e nos fatos.

 — isso nos impõe, ou pelo menos deveria nos impor, não somente uma vigilância contínua, mas uma luta sem tréguas, sob pena de trairmos a missão sacerdotal.

Iniciativas como o aborto, a contracepção, a identidade de gênero, o pseudo-casamento homossexual e a prostituição; a eliminação da família, da propriedade e do pátrio poder; o interconfessionalismo religioso e o laxismo moral — todas elas visam à completa relativização do ensinamento de Jesus Cristo.

Meios não faltam aos propagadores do mal, cujos erros fazem grassar através da mídia, da educação, dos divertimentos, dos shows, das músicas que apodrecem a moralidade e, portanto, as famílias e a vida pública.

Com toda razão, os fieis poderiam perguntar: — Onde estão os pastores? Ao decretar que as portas do inferno não prevaleceriam contra a Sua Igreja, Nosso Senhor sem dúvida nos confirmava na fé e na esperança. Caso contrário, poderíamos vacilar nessas virtudes, à vista da imobilidade de muitos pastores diante dos lobos que investem contra os seus rebanhos.

Impotentes que somos, diante de tal situação, podemos somente olhar para a Virgem Maria, para seu Coração Imaculado, e suplicar a ela que nos proteja contra toda influência do maligno. Que nos dê a mão, que nos acolha em seu Coração. É preciso fincar o pé, recusar ser arrastado como um cordeirinho para a destruição de nossa personalidade, de nossa fé, de nosso espírito. É preciso ler, estudar, conhecer a verdade objetiva, clara, de Deus. É preciso amar, mas amar na ordem da Caridade, ou seja, amar como Deus nos ordena, praticando os mandamentos, cumprindo nosso dever. E nossos deveres são de três ordens: para com Deus, para nós mesmos, para com o próximo. É preciso, com toda urgência, praticar a devoção reparadora dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria, para que, ao chegar o Anti-Cristo, estejamos recolhidos e protegidos por nossa Mãe do Céu. Com a espada em punho, lançaremos contra o rosto tenebroso do homem do pecado o grito de Viva Cristo Rei! Imaculado Coração de Maria!!!... Salvai-nos! E Jesus Cristo o vencerá “com o sopro da sua boca”

FINALIZO ESTA MEDITAÇÃO COM AS PALAVRAS CONTUNDENTES DO CARDEAL BURKE: “Mentiras que só podem vir de Satanás, estamos diante de um engano, de uma mentira sobre os aspectos mais fundamentais de nossa natureza humana, da sexualidade humana, que nos define como tais. É uma situação diabólica que visa destruir os indivíduos, as famílias e finalmente a nossa nação.

 É o mau imperante, logo, como resultado de uma cultura de morte, uma cultura contra a vida e contra a família que já existe há tempos. E a culpa, a responsabilidade máxima do colapso é dos católicos.

Não combatemos adequadamente, porque não nos foi ensinada a nossa fé católica, sobretudo na profundidade necessária para enfrentar esses graves males do nosso tempo. É uma falência da catequese. Não conhecem a sua fé católica e o seu ensinamento sobre a questão da atração pelo mesmo sexo e sobre a desordem intrínseca das relações sexuais entre duas pessoas do mesmo sexo. Isso porque tais pessoas não estão em condições de defender a fé católica

O fundamental por determinar a situação corrente foi a exaltação da virtude da tolerância, falsamente concebida como a virtude que se sobrepõe a todas as outras virtudes. Em outras palavras, deveríamos tolerar outras pessoas em suas ações imorais, a ponto até de parecer que apoiamos a moral equivocada. A tolerância é uma virtude, mas certamente não é a principal, que é a caridade. E caridade é falar da verdade, especialmente da verdade sobre a vida humana e a sexualidade humana. Enquanto nós amamos o indivíduo, nós desejamos somente o melhor para aqueles que sofrem de uma inclinação que os leva a se envolverem em relações sexuais com uma pessoa do mesmo sexo. Nós devemos condenar estas ações, porque estão em desacordo com a própria natureza, como Deus nos criou. É preciso dizer um basta ao falso sentido de diálogo que se infiltrou também na Igreja. Não é possível reconhecer publicamente aqueles que apoiam violações abertas à lei moral, nem render a eles quaisquer tipos de honras. “Isto é um escândalo, uma contradição, um erro” – (FONTE: Cardeal Raymond Leo Burke, Prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica no pontificado do Papa BENTO XVI).